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 O domingo não é o dia do Senhor

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Ronaldo
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Data de inscrição : 13/04/2008

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MensagemAssunto: O domingo não é o dia do Senhor   O domingo não é o dia do Senhor Empty26/12/2008, 10:05 pm

Também se ensina equivocadamente que na dispensação cristã, além de não mais serem os cristãos regidos pela “lei de Deus”, mas pela supostamente diversa “lei de Cristo”, há um novo conceito de observância do dia de repouso com a adoção de um novo “dia do Senhor”. Contudo, os que assim alegam só conseguem oferecer uma pobre argumentação sobre as justificativas bíblicas para observância do domingo, diante das origens pagãs desse dia espúrio e da falta de embasamento bíblico para tal prática.

Os textos geralmente citados em defesa da observância do domingo (segundo enumeração de material do CACP-Centro Apologético Cristão de Pesquisa*) são:

- “Ora, havendo Jesus ressurgido cedo no primeiro dia da semana (no Domingo)” (Mar.16:9).
- No Domingo Jesus apareceu para os seus discípulos (Mar.16:14).
- No Domingo, Ele os encontrou em diferentes lugares e em repetidas vezes (Mar.16:1-11; Mat.28:8-10; Luc.24:34; Mar.16:12-13; João 20:19-23).
- No Domingo Jesus os abençoou (João 20:19).
- No Domingo Jesus repartiu sobre eles o Espírito Santo (João 20:22).
- Ele primeiro comissionou para pregarem o evangelho a todo o mundo (João 20:21 e Mar.16:9-15).
- O Domingo tornou-se o dia de alegria e regozijo para os discípulos (João 20:20).
[Adicionalmente, há o argumento de que o Pentecoste ocorreu num domingo (Atos 2:1ss)].

Vamos analisar rapidamente estas passagens:

A Ressurreição no Primeiro Dia da Semana:

Os evangelhos falam apenas que Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana e apareceu aos discípulos que nem sabiam do evento. Estavam “reunidos, com medo dos judeus” (João 20:19) naquele dia, e não celebrando o dia da Ressurreição.

Em João 20:26 a cláusula “passados oito dias” poderia muito bem significar um período de exatos oito dias, o que daria uma segunda-feira como o próximo dia do encontro de Cristo com os discípulos. Não obstante, mesmo que tal dia fosse outro domingo, isso nada prova em favor da guarda de tal dia pois nada indica ser esta a razão de o dia ser mencionado, sobretudo quando nenhuma menção se faz de alguma reunião comemorativa da Ressurreição em ligação com tal dia.

O encontro entre Cristo e Seus apóstolos noutra ocasião ocorreu em dia não identificado, quando estavam pescando (João 21:4-7). Assim, não há nenhuma ênfase especial quanto aos dias em que Cristo aparecia, nem padrão de que tais aparecimentos ocorressem sempre no domingo por tal dia ter sido memorializado ou posto à parte como dia santificado.

É bastante significativo que Lucas, 30 anos depois, relata que as mulheres que preparavam especiarias para o corpo de Cristo “no sábado descansaram, SEGUNDO O MANDAMENTO” (Luc. 23:56). Nada é dito de ser “o velho mandamento”, “o sábado da lei ultrapassada” ou coisa que o valha. Assim, para Lucas, três décadas depois da Ressurreição, o sábado do sétimo dia era o dia a ser observado “segundo o mandamento”, não o dia ao qual simplesmente chama “primeiro dia da semana”.

Também é significativo que em Apo. 1:10, João se refere ao “dia do Senhor”, que alguns dizem tratar-se do domingo. Todavia, ao escrever o seu evangelho, na mesma época, refere-se ao dia da Ressurreição como simplesmente “primeiro dia da semana”, sem qualquer designação especial (ver textos citados acima).

Tampouco o critério para estabelecer os princípios da lei divina quanto ao dia de observância é alguma “série de acontecimentos” em determinado dia. Não há a mínima indicação de que tais acontecimentos fizeram com que a lei de Deus fosse por isso alterada por um claro “assim diz o Senhor”.

O único dia que nas Escrituras tem a designação especial de “Dia do Senhor” é o sábado do sétimo dia: Êxo. 20:11; Isa. 58:13; Eze. 20:12, 20. No Novo Testamento, o dia de que Jesus declarou-Se ser o “Senhor” é o sábado, não o domingo: Mat. 12:8 cf. Luc. 4:16.
_____

* O vice-diretor do CACP teve um debate conosco, onde tentava refutar nosso artigo "10 Principais Razões Que Desautorizam a Observância Dominical", defendendo a validade do domingo a partir da Ressurreição de Cristo, mas apresentamos réplicas precisas e bíblicas a seus argumentos, como poderão ver na seguinte homepage:


http://www.azenilto.com/Replica-10razoes-antidominicais-1aa.html

Só, que vejam o que depois, no final, acrescentamos ao texto das discussões (a nossa réplica):

"OBS.: Como um dado de atualilzação, tivemos comunicação posterior que o Presb. Silva resolveu adotar outra visão quanto a esta questão, renunciando definitivamente à defesa do domingo como sendo realmente um dia a dedicar ao Senhor, assim determinado pela Igreja apostólica. A nova postura do referido presbítero é a da preferência da maioria dos crentes da atualidade--o dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo.

Muito significativo, ¿verdad?
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